domingo, 5 de abril de 2020

05 de Abril de 2020 - Seguindo em quarentena - 23°dia

Somos a geração da Pandemia.

O vírus continua se espalhando e adoecendo as nações. As pessoas mais idosas são as mais vulneráveis mas temos bastante vítimas de idades menores e sem problemas de saúde anterior.

E hoje Manuzinha acordou com febre. Com a garganta ruim, dizendo que está tonta desde ontem, ficando ligeiramente com a boca branca. Pressão baixa? Será que está contaminada com o vírus?

Medo, que já diminuiu. Choro que já chorei. Ela está bem, disposta na medida que dá, conversando com a amiga pelo celular. E eu pensando na vida, no cigarro. tanta culpa há quanto tempo.

E vamos seguindo no isolamento social, na quarentena. Quem pode, quem compreende...
A perspectiva é que o mês de Abril seja o pico dos casos por aqui. Infelizmente são tantas as mentiras que nosso país está mergulhado que as pessoas ainda não acreditam que o pior acontecerá, há uma grande resistência popular sobre a veracidade da necessidade deste isolamento, quanto a gravidade que o vírus pode causar na saúde da população.

Da última vez que fui ao mercado vi pessoas buscando seguir numa normalidade irreal para quem compreende a dimensão global que é se estar num período de pandemia. E dessa vez, a revolta que costumo sentir pelas pessoas não quererem ver o que a lógica demonstra foi substituída por uma compaixão, ou mesmo um condolência, refletindo o quanto que esse pequenos atos agarrados no medo da mudança possam trazer problemas irreparáveis para eles, para nós, todos.
Sem esquecer que minha filha acordou com febre e garganta ruim.

 As pessoas agarram-se ao passado do ontem que não existe mais. Assim como a luz de uma estrela já morta nos brinda anos depois, corremos atrás dos últimos feixes de luz que permitam nos a ilusão de um presente que existe apenas pela negação da realidade, da mudança e morte do futuro que conhecíamos.

Qual será o cenário no dia 30 deste mesmo mês?











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