domingo, 31 de janeiro de 2010




Meio ambiente e o homem

Um tema assim abrangente pede que se tenha em mente todos os pontos possíveis de vista, do passado pré-histórico até a brevidade dos dias de hoje, para assim talvez chegar de forma lógica ao caos alarmante que se anuncia incompreensível em primeiro impacto.
Dessa vez estamos realmente todos juntos na necessidade de agir seguindo outros valores de conduta, que ultrapassem em muito as línguas, culturas ou interesses financeiros. Deve se mastigar pelo estomago e pelo medo para que se veja o iminente, para que acordemos dessa letargia da ação pela própria existência. Somos de uma maioria que vive a buscar o sonho frustrado da vitória num jogo em que só há perdedores, num cenário já destituído de si, caquético.
Em breve, e infelizmente tarde de mais, perceberemos que fechar montadoras de multinacionais não será grande problema perto do caos civis da falta de água, alimento, moradia, energia, saneamento básico, aparo assistencial e médico, recursos locomotivos, e etc., que enfrentaremos na genética mais tardia de nossos netos. Isso se não contarmos com alguma revolução de âmbito “fenômenos da natureza” para auxiliar no processo de auto-extermínio que a atual conduta humana, da competição, exploração ambiental, e omissão ao mal do próximo ser vivo, nos leva.
Posso falar das ações possíveis de se realizar no dia a dia, independente de culpas e obrigações, para assim ajudar a formar a força de consciência ativa capaz de alterar o rumo triste que se guia nossa estada nesse grande lar.
Cada pessoa que inicia o processo inverso desse exaustivo costume de consumo forma a força contrária desse fluxo desenfreado, ocasionando assim ao mínimo uma desaceleração deste. Além de impulsionar a centralização de ideais que busquem o equilíbrio nato do organismo total... Nisso viajo para lá dos planetas, universos, infinitos, cosmos, átomos, elétrons, quarks...
A compreensão da importância mágica de cada ato nos fornece a revolução interna e cotidiana em que se encontra o equilíbrio da ação e reação, dos desejos e vontades, e interesses existenciais. E encontra a forma mais sincera de exprimir ao exterior sua postura diante da realidade conjunta.
Quando você já não consegue jogar ao lixo comum todos os kilos de embalagens e descartáveis que produz.
Quando já não se consegue atirar a rua nem a bituca de cigarro pelo respeito ao meio.
Quando toma coragem pra sair rápido do banho quente e gostoso, tendo consciência de que a água que respeita hoje e a água que retornará para o amanha.
Quando realmente vê a uma vitrine de açougue e não compreende mais como é proposto que funcione a relação do homem com os outros seres e energias.
Quando se questiona um consumo frente a sua real necessidade que justifique o uso dos recursos naturais de sua produção.
Quando sente que a correria cinza no asfalto é mera projeção de um sistema proposto e enfiado goela abaixo por aqueles que fisgam o espírito humano com promessas de conforto, agilidade, comodidade, qualidade, prazeres instantâneos, evolução tecnológica que sacie o vicio da inovação supérflua e a mais, a promessa do pote de ouro invisível que supostamente está depois do arco Iris monocromático, ao preço bagatela da continuidade da vida na Terra.
Quando mergulha na melancolia das células já cansadas de esquecerem como o sopro da vida envolve, como é simples, nato e instintivo a consciência interna de pertencer a um todo. E compreende através da reflexão em mente vazia, ou meditação, que todas as energias se correlacionam em escalas imensuráveis.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Coraçao

Que dispara
ao lembrar do sorriso
do perfume de seu abraço

Qual o calor que nao incomoda
e qual a voz que embala?

As ações externas me complementam, mas deixam ainda em aberto o espaço daquelas que tocam por dentro.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Dia frio faz assim comigo
Me leva sempre a algum lugar guardando em outro tempo

Dando o sentimento de saudade, ou esperança.

Dia frio gosto de caminhar pela rua
deixando as maças do rosto geladas e coradas
e no corpo um gosta a mais de existência.

Como se lembrasse que todas as partes de carne existem e me compoem.

Dia frio fico bem comigo.
Me torno ainda mais introspectiva
analitica
e saio por questionar os pontos que defronto.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010



Todo dia de manhã davamos Bom dia a elas

Elas que nasciam ao Sol e morriam à Lua

Batizamos então: - as flores Bom dia.


Ahhhh!

Se paro por instantes ainda sinto o frescor do jardim, ainda escuto as Aracuãs me acordando as 6 da matina, ainda lembro da grama aos pés.

Sinto como era ver de repente casais de araras e papagaios ao céu.

Ou então, correr para desvendar de onde viam as marteladas do pica-pau.

A bagunça que os macaquinhos de cheiros faziam com os baldes.




Num período que hoje posso entender

como foi primordial para o encontro do equilibrio
Por ter me dado o respeito de sentir esse mundo de um jeito mais natural.

Descer do quarto e ir ali a direita na foto

Café e cigarrinho

lavar louça não era horror nenhum tendo o verde e espaço no lugar das paredes....

E de noite, morrer de medo de ir ao banheiro, seriam cobras? aranhas? na pequena trilha pelo quintal....



E meu companheiro das ladeiras sob o sol quente, mtoooooo quente.

Ah Trovão, apaixonada pela lealdade solta que nos tinha. De como me acalmava quando deixava que eu durmisse com ele na sala, quando o morcego decidia me fazer visitinhas noturnas, rs...

Quando sumia três dias seguidos e voltava todo magro e acabado da farra.




Do onibus a viagem de Presidente Figueiredo à Manaus...

Relia várias vezes a palavra para ver se começa acreditar que estava lá.

No tapete verde! Imenso tapete decorado de rios!




Assim hoje faço inveja a mim mesma!

Na primeira viagem de bote, de Manaus à comunidade do Seu Juca,o Preto lá trás, menino Doce!, no motor que depois me ensinou a guiar.

E no Rio que dizia pra mim que era Mar.

O Rio Negro que alimenta as lendas

Anacondas....

Macacada de Cheiro!






Boto cor de Rosa!

"Ha! Boto manso que aparece no festejo

Pra fazer as moças liberarem seus desejos"

Boto, sei.....rs


Nesse lugar, realmente encantado, que se chama Igapó.

A festa da floresta Alagada.




Que quando sai em rio aberto

Pude ver dias indo

por esse céu.

Do equador.....

Viagem de tanta coisa gostosa que tenho dentro de mim.

Bom lembrar que há tudo isso!

saudade saudável!