Não sei se vou ter coragem de te enviar essa mensagem
Faz tempo que penso em como conversar com vc.
As vezes me segurava por ainda nao estar certa de que retomar o assunto faria bem a alguem.
Na verdade tudo que quero pedir é desculpa. Por um passado que infelizmente eu teci entre nós.
Por ter sido como fui, e ter agido de forma tão leviana com alguém que sempre só me demonstrou gentileza.
Hoje lamento muito minha postura infantil.
Tento me relembrar e saber porque fiz como fiz, sem pensar no que o outro sentiria com meus atos.
Era um misto de inquietude e incertezas, ao mesmo tempo como se minha unica obrigação fosse provar de tudo que houvesse oportunidade. Do bom e do ruim, do amargo e da tristeza muitas vezes. Como se a vida fosse curta o suficiente para não caber em si. Eu precisava de histórias. Eu achava que elas eram tudo o que iriam me sobrar.
Eu segui por esse caminho por algum tempo. Acho que cheguei a esgotar a graça do imprevisto e improvável. As novidades cansavam. E a instabilidade já era interna.
Hoje sou grata por ter tido a chance de retornar a um lugar que me pertencia e eu recusava. Relembrei o gosto da irmandade, de estar junto e poder ser alguém para se contar. Poder ajudar e estar presente bastam. Isso vale mais que histórias malucas. E deixa a mente bagunçada um pouquinho menos inquieta.
E sempre vc me tratou de forma educada e gentil. No início eu até percebia o quanto não era legal para você mas mesmo assim nunca houve rudeza. Ou me fez sentir mal.
Na verdade, agora quando voltei da viagem ao Acre, eu sentia uma necessidade de lhe dizer o que falo agora. Acho mesmo que o mais correto teria sido falar pessoalmente. Eu tentei. Numa oportunidade que tivemos sozinho eu vacilei, e nunca mais achei q dava.
Por isso, por aqui, por face...
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