despedida

A partida oferece

a chance de amar

pela última vez.

Se for somente o jeito masoquista

digo ainda da dor

que parece trazer

pincelas fortes no quadro

com cores quentes

de talvez um peito que sangre

.

nessas horas a gente nem percebe

mas da aquele toque sublime

porque sente e entende

o que é estar vivo.

Quem me conhece

sabe que não é

raso assim

qualquer conclusão.

Que nem só de tristeza,

euforia

ou melancolia

faz-se a música que adoro dançar.

E também por vezes

o piano chame mais atenção,

e insiste destacar

os passos que ficaram marcados.

e assim que começa a nova etapa

temos a chance do renascimento

de uma morte que parte

para a nova vida

começa

em cada segundo,

que a decide entrar

um suspiro fresco

na nossa vida.

que assim venha:

essa fase que decidir me permitir

onde espero encontrar

tanta coisa que nem sabia que procurava.

LISBELA (Caetano Veloso e José Almino) --

Trilha sonora do filme "Lisbela e o Prisioneiro"
Eu quero a sina do artista de cinema

Eu quero a cena Onde eu possa brilhar

Um brilho intenso, Um desejo,

Eu quero o beijo, Um beijo imenso

Onde eu possa me afogar.
Eu quero ser o matador das cinco estrelas

Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão

A Patativa do Norte,

Eu quero a sorte

Eu quero a sorte do chofer de caminhão;

Pra me danar por essa estrada, mundo afora Ir embora, Sem sair do meu lugar.

Ser o primeiro, ser um rei,

eu quero um sonho

Moça-donzela, mulher-dama, ilusão,

Na minha vida tudo vira brincadeira,

A matinê verdadeira, Domingo e televisão.

Eu quero um beijo de cinema americano

Fechar os olhos, fugir do perigo

Matar bandido e prender ladrão.

A minha vida vai virar novela.
Eu quero amor Eu quero amar Eu quero o amor de Lisbela Eu quero o mar e o sertão.